A Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pode ter montado uma estrutura para praticar crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 e beneficiar um número indeterminado de pessoas, além de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação consta em um ofício enviado pela PF e recebido pelo Supremo Tribunal Federal na tarde de quinta-feira (18).
Os investigadores pediram ao STF a autorização para iniciar uma nova investigação separada. A Polícia Federal acredita que é necessário um aprofundamento sobre os indícios de falsidade dos registros de vacinação em nome de familiares do deputado federal Gutemberg Reis, irmão do prefeito de Duque de Caxias durante o período da pandemia, Washington Reis.
O atual secretário de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana do Rio foi alvo de um mandado de busca e apreensão em ação que investiga fraudes contra o sistema de vacinação do Ministério da Saúde na época da imunização contra a Covid-19. Cerca de R$ 200 mil em espécie foram apreendidos na casa do político, além de diversos documentos. A segunda fase da Operação Venire também cumpriu um mandado de busca e apreensão contra a secretária municipal de Saúde de Caxias, Célia Serrano.
A Polícia Federal já tinha indiciado o ex-presidente e outras oito pessoas no relatório final do inquérito. Entre elas, Mauro Cid e Gutemberg Reis.
A BandNews FM aguarda posicionamento da Prefeitura de Duque de Caxias e do deputado Gutemberg Reis.