A Polícia Federal investiga se os quatro policiais civis presos na Operação Drake venderam fuzis para facções criminosas do Rio. 

A negociação teria acontecido após um dos grupos não ter dado propina para soltar um homem preso. Como represália, os policiais civis apreenderam 31 fuzis e venderam 29 para a quadrilha rival. A informação consta em denúncia do Ministério Público do Rio.  

Em ação realizada nesta quinta-feira (19), além dos quatro policiais, também foi preso um advogado, que teria intermediado as negociações.  

Os acusados se tornaram alvo da PF depois que os agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas apreenderam e negociaram 16 toneladas de maconha que estavam em um caminhão em Resende, no Sul Fluminense. O grupo teria recebido 300 mil reais em propina, além do valor da carga, que não foi informado.  

Após o pagamento, os policiais escoltaram o caminhão até a comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, onde entregaram a carga para um traficante.

Segundo delegado da PF, João Paulo Garrido, nesta quinta, durante ação contra os acusados foram apreendidos 65 mil reais em espécie, além de carros de luxo e blindados.  

O crime foi denunciado pela Polícia Rodoviária Federal, que monitorava o caminhão que foi apreendido pelos agentes.  

Os cinco vão responder por tráfico de drogas e corrupção.