
A Polícia Militar reforça o policiamento na Linha Amarela após mais um arrastão menos de 24 horas depois do caso que terminou com a morte de um agente do Degase na segunda-feira (3).
O corpo de Alexander de Araújo Carvalho, de 46 anos, foi enterrado na tarde desta terça (4), no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
O agente foi baleado pelo menos 15 vezes. Ele ia para o trabalho quando foi rendido por criminosos na altura de Bonsucesso, na Zona Norte.
Os bandidos ainda conseguiram roubar dois carros e fugiram para o Complexo da Maré com a arma da vítima.
A Polícia Civil tenta identificar os criminosos que participaram do crime e também um motoqueiro que foi flagrado furtando o celular da vítima quando o corpo já estava no chão.
Alexander deixa uma filha de 21 anos. Sthefane Nunes não se conforma com a morte do pai e cobra uma investigação rápida do caso.
A ex-esposa do agente, Fabiana Nunes, acredita que Alexander tenha sido reconhecido pelos criminosos.
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, Alexander foi o 11º agente de segurança morto na Região Metropolitana do Rio em um intervalo de pouco mais de um mês.
O presidente do sindicato dos servidores do Degase, João Rodrigues, descreve o colega como um profissional exemplar. Ele atuava na instituição há 10 anos.
Quem costuma utilizar a Linha Amarela conta que as ações criminosas viraram rotina.
Menos de 24 horas depois do assassinato do agente, a Linha Amarela voltou a ser palco da criminalidade. Durante a noite, motoristas tiveram que dar ré ou voltar na contramão para tentar escapar de outro assalto. O flagrante foi feito durante a noite, na altura da Vila do João, no Complexo da Maré.
Agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas estiveram no local logo depois e localizaram os suspeitos em um veículo preto, mas os criminosos conseguiram fugir.
Segundo a Polícia Civil, pelo menos uma mulher chegou a ter o carro levado pelos bandidos. A delegacia da região investiga o crime.