A Polícia Civil já identificou criminosos acusados de envolvimento no sequestro e extorsão de motoristas de aplicativo que circulam na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A Delegacia da região tenta localizar e responsabilizar criminalmente os suspeitos.
Segundo relatos, os traficantes solicitam viagens e, quando o motorista chega ao local para pegar o suposto passageiro, acaba sendo abordado e conduzido para uma das comunidades da região: Dendê, Guarabu ou Bancários.
Na favela, os bandidos, tomam o celular, a chave do carro e vasculham o telefone do motorista para verificar se há envolvimento com outra facção ou com policiais.
Depois, eles exigem o pagamento de um valor em espécie para liberar a vítima. Caso o motorista queira continuar trabalhando na Ilha do Governador, fica obrigado a pagar uma taxa semanal de R$ 60,00 aos criminosos.
Áudios que circulam nas redes sociais denunciam o crime, que está sendo investigado.
“E aí eles rendem a gente e leva pra dentro da comunidade, vai pegando a gente, manda a gente aguardar sentado lá no chão da comunidade lá, e aí vai chegando, vai chegando mais Uber que cai nessas emboscadas. E aí depois eles liberam a gente, agora quem não tem dinheiro sofre agressão. Só um alerta sobre a Ilha do Governador, estou desde 8h na favela, me liberaram agora, pegaram 23 Uber, mandou todo mundo fazer pix pra poder ser liberado. O cara falou que não quer mais uber dentro da Ilha. Quem conhecer aí, familiar que é Uber, esquece Ilha, esquece Ilha! O máximo é Galeão.”
Em nota, a Polícia Militar disse há uma parceria com as empresas de aplicativos de transporte, com o botão "Ligar para a polícia", que atende tanto passageiros como motoristas, onde os operadores do Centro de Controle Operacional da Polícia Militar (Cecopom) são acionados e recebem a localização em tempo real, permitindo a chegada do policial mais rápido ao local.