Polícia Civil investiga grupo responsável por exorquir motoristas de aplicativo

Três homens foram presos, nesta quinta-feira (20), durante a ação batizada de 'Bandeira Livre'

Por Clara Nery

Polícia Civil investiga grupo responsável por exorquir motoristas de aplicativo
Polícia tenta identificar grupo criminoso
Divulgação

A Polícia Civil tenta identificar mais integrantes do grupo criminoso responsável por extorquir motoristas de aplicativos no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. Três homens foram presos, nesta quinta-feira (20), durante a ação batizada de 'Bandeira Livre'.

Segundo a instituição, foram detidos Anderson dos Santos Barbosa, Leonardo Alves dos Santos e Leonardo Rodrigues Pereira, o Dogão. Leonardo já possui diversas passagens por tráfico de drogas.

O objetivo da operação, que contou com a participação de 180 agentes, era cumprir cinco mandados de prisão contra traficantes que exigem o pagamento de taxas de até R$ 150 para os profissionais poderem trabalhar na região.  

A partir do pagamento, os motoristas seriam incluídos em cooperativas chamadas pelos criminosos de "Cooperativa do Crime".

Segundo o delegado Felipe Santoro, a quadrilha poussía um esquema detalhado, com planilhas de cobranças semanais e até criou adesivos para identificar as vítimas.

Pelo menos 10 pessoas que não aceitaram pagar as taxas, e que acabaram sendo sequestradas pelos criminosos, denunciaram o caso à Polícia Civil. Em depoimento, eles alegaram que precisaram pagar R$ 400 pela liberdade.

A BandNews FM já tinha denunciando que, por causa da ação do grupo, motoristas de carros de aplicativo vinham evitando aceitar corridas para a Ilha do Governador ou saindo dela. As plataformas também passaram a identificar mais áreas de risco no bairro.

De acordo com as investigações, além da extorsão, os bandidos cometem outros crimes graves, como ameaça, sequestro, homicídios, tortura e porte ilegal de armas de fogo.

Na última quinta-feira (13), durante ação policial contra os criminosos, uma menina de 12 anos foi baleada quando voltava da aula de ballet. Ana Beatriz Barcelos foi atingida nas costas durante confronto entre PMs e bandidos.  

Ana Beatriz passou por uma cirurgia e segue internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.

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