Cinco integrantes de uma associação criminosa que aplicava golpes financeiros são presos em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, os bandidos prometiam às vítimas falsos resgates de resíduos do FGTS e 14º salário.
Entre os presos, está o policial militar Gustavo de Oliveira Piau, do Batalhão da Polícia Militar da Tijuca, na Zona Norte. Durante a operação "Pseudônimo" policiais estiveram em Nilópolis, São João de Meriti e Mesquita, na Baixada.
Os policiais identificaram ao menos 17 vítimas. A maioria era idosa. Segundo o Ministério Público uma das vítimas perdeu cerca de R$ 20 mil.
De acordo com o delegado Gustavo Castro, no decorrer de um ano, a quadrilha faturou cerca de R$ 640 mil com escritórios falsos.
Por telefone, os criminosos afirmavam que as vítimas teriam direito a um "resíduo de FGTS", "14 º salário" ou que haveria uma "compra de dívida".
Atraídas pela informação, as pessoas concordavam com um encontro presencial, em uma das salas comerciais alugadas pela quadrilha.
Os locais funcionavam como um escritório de advocacia, onde alguns integrantes se identificavam como advogados.
Nesses espaços, os acusados convenciam as vítimas a fornecerem fotos e cópias de documentos. Com os dados em mãos, os criminosos contratavam empréstimos em nome das vítimas.
A Band news FM obteve um áudio em que um dos criminosos orienta o que a vítima deve fazer.
Quando o valor do empréstimo caía na conta das vítimas, os suspeitos levavam a pessoa até uma agência bancária, onde ela inseria senha ou biometria no caixa eletrônico.
Os bandidos sacavam ou transferiam o dinheiro para as próprias contas, deixando apenas uma pequena parte com a vítima.
O golpe só era percebido quando as pessoas notavam valor menor nas pensões ou aposentadorias, consequência do desconto das parcelas de empréstimo.
Além do PM Gustavo de Oliveira Piau, foram denunciados João Vitor Romão de Oliveira Piau, Kate Suelen Lemos de Assis, Cristiane Silva de Brito e Tamires da Silva Pinho, Marcus Vinícius Oliveira de Abreu e Samuel da Cruz Atanazio. A Justiça decretou a prisão dos cinco primeiros.