Polícia Civil realiza a reprodução simulada do caso Anic Herdy

A advogada de 55 anos desapareceu em fevereiro e o corpo só foi encontrado no mês passado

Por Pedro Dobal

Polícia Civil realiza a reprodução simulada do caso Anic Herdy
Anic Herdy
foto/vídeo

A Polícia Civil aguarda a conclusão dos laudos da reconstituição da morte de Anic Herdy para dar continuidade às investigações. A advogada de 55 anos desapareceu em fevereiro e o corpo só foi encontrado no mês passado, enterrado e concretado na garagem do assassino confesso. 

Durante a reprodução simulada do crime, realizada nesta quarta-feira (23), os policiais voltaram aos três locais citados pelo acusado para refazer os últimos passos da vítima. Algemado, o técnico de informática Lourival Corrêa Fadiga, que era amigo da família e amante da vítima, detalhou como o crime aconteceu.

Os investigadores buscam elementos para confirmar ou contestar a versão apresentada por ele, que está preso desde março.

Primeiro, os agentes estiveram em um shopping de Petrópolis, na Região Serrana, onde Anic foi vista pela última vez. No dia 29 de fevereiro, ela apareceu em imagens de câmeras de segurança caminhando enquanto falava ao telefone. 

Lourival contou que, depois, a vítima entrou no carro dele e, juntos, os dois foram até um hotel no distrito de Itaipava, onde ela teria sido morta com um golpe no pescoço. O corpo, então, foi levado até a casa do acusado em Teresópolis, também na Região Serrana, e enterrado na garagem. 

A delegada Cristiana Onorato explica que os investigadores ainda tentam esclarecer o passo a passo do crime. 

A advogada de Lourival, Flávia Fróes, conta que a confissão do acusado deve ajudar a livrar da Justiça os dois filhos, que também tinham sido presos e foram soltos na semana passada. Uma mulher com quem Lourival mantinha relacionamento segue na cadeia. 

Na segunda-feira (21), os policiais encontraram, na casa de Lourival, um lençol e um protetor de cama com manchas de sangue, além de pertences da vítima, como a jaqueta e a roupa íntima que ela usava quando desapareceu. Os itens estavam na mesma garagem onde o corpo de Anic foi enterrado e concretado.

Lourival disse que assassinou Anic a mando do marido dela, Benjamin Herdy, que nega as acusações. Os investigadores também não encontraram indícios de participação do marido.

Enquanto Anic ainda era considerada desaparecida, Benjamin chegou a pagar 4 milhões e 600 mil reais por um suposto resgate. O dinheiro teria ficado com Lourival, que logo depois comprou um carro de luxo, uma moto e 960 celulares para abrir uma loja de eletrônicos.

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