
A Polícia Civil vai intimar a empresa que construiu o prédio onde uma menina de 7 anos morreu ao ser atingida por uma pilastra. Os investigadores também pretendem analisar a documentação do condomínio, inclusive a planta do espaço de lazer onde aconteceu o acidente.
Nesta sexta-feira (7), funcionários do prédio foram à delegacia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, para prestar depoimento. A Polícia quer esclarecer quais reformas foram feitas pela equipe de manutenção, para entender se elas estão entre os fatores que fragilizaram a pilastra.
Maria Luísa Oldembergas, de 7 anos, foi atingida pela estrutura enquanto brincava com outras crianças numa rede na última terça-feira (4).
Na quinta (6), o síndico, o subsíndico e a gerente administrativa do condomínio também prestaram depoimento e disseram que a pilastra existia desde a inauguração do prédio, em 2009.
O síndico Luciano Bonfim alegou que a reforma recente realizada no local não provocou nenhuma mudança estrutural. Segundo ele, os funcionários apenas envernizaram e trocaram algumas madeiras.
O síndico também disse que uma autovistoria feita no ano passado não apontou qualquer irregularidade. A análise é exigida por lei a cada cinco anos.
O caso é investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O delegado Alan Luxardo explica que a investigação tenta esclarecer se o erro que provocou a morte da menina foi no projeto, na construção ou na manutenção da pilastra.
Depois de uma fiscalização feita na quinta-feira (6), o Conselho Regional de Engenharia decidiu autuar o síndico e o condomínio. Os fiscais confirmaram que a reforma recente no espaço de lazer não teve a supervisão de um engenheiro ou responsável técnico.
Em nota, a empreiteira Calçada, que construiu o prédio, disse que o empreendimento foi entregue em perfeitas condições há 15 anos e que as obras realizadas desde então são responsabilidade da administração do condomínio.