A Polícia Civil indicia 13 pessoas por envolvimento na morte do jovem que levou um choque durante um festival de música na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
O inquérito responsabiliza coordenadores, supervisores, eletricistas, proprietários, gestores, engenheiros e responsáveis técnicos do evento.
Nove pessoas respondem pelo crime de homicídio doloso, com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Outras quatro foram indiciadas por fraude processual.
O estudante João Vinicius Ferreira Simões, de 25 anos, recebeu a descarga elétrica após encostar em um food truck no evento realizado no dia 9 de março. Ele chegou a ser levado para o hospital, mas teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
A mãe da vítima, Roberta Isaac, pede a punição dos responsáveis e cobra mais fiscalização em eventos de grante porte.
O indiciamento dos suspeitos ocorre com base em depoimentos de testemunhas e na análise de imagens de câmeras e laudos periciais.
A Polícia Civil afirma que diversas instalações elétricas foram feitas em desacordo com as normas técnicas e que, após a morte, o local ainda foi desfeito, dificultando as investigações.
Horas após o evento, a família esteve no local e flagrou tomadas expostas em áreas abertas ao público e fios desencapados ou soltos pelo local, alguns deles em contato com as estruturas metálicas das barracas.
Outros participantes do festival de música relataram que também levaram choques ao encostar nas estruturas do evento.
Em nota, o Riocentro disse que, quando for notificado, vai comprovar que seus colaboradores não tiveram qualquer participação na montagem, desmontagem ou realização do festival. A empresa responsável pelo evento, a 30e, afirmou que aguarda ter acesso integral aos documentos para se posicionar.
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