A Polícia Civil investiga um grupo de alunos do Colégio Santo Agostinho, da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que editaram fotos de outras estudantes por meio de inteligência artificial para criar imagens nuas delas.  

São mais de 20 vítimas, que têm entre 13 a 16 anos. Parentes já realizaram os registros de ocorrência e a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente vai ouvir o depoimento dos envolvidos para esclarecer os fatos.  

A mãe de uma das adolescentes, que prefere não se identificar, conta que a filha chegou a ligar chorando para avisar o que tinha acontecido. Ela destaca também que as fotografias falsas já foram compartilhadas até para fora da escola

O advogado criminalista, Reinaldo Santos de Almeida, explica que produzir e compartilhar fotos pornográficas de menores de idade é considerado crime.  

Responsáveis das vítimas foram até a escola para pedir esclarecimentos sobre o caso. Por meio de nota, o colégio definiu a situação como "fato lamentável" e emitiu um comunicado para destacar que lamenta o ocorrido e tem atendido e acolhido a família das jovens envolvidas no caso.  

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) pediu, em setembro, que o uso de inteligência artificial seja regulamentado nas escolas com o objetivo de garantir a ética.