Polícia investiga casal suspeito de dar golpe da vaquinha em criança com câncer

Suspeitos criaram perfis em redes sociais para sensibilizar os doadores e usaram casos verídicos de crianças lutam contra a doença

Por Gabriela Souza

Polícia investiga casal suspeito de dar golpe da vaquinha em criança com câncer
Casal dava golpe da Vaquinha
Reprodução

A Polícia Civil investiga um casal suspeito de usar fotos de crianças com câncer na internet para dar o golpe da falsa vaquinha. Segundo as investigações, a dupla chegou a arrecadar mais de 30 mil reais.

Os acusados criaram perfis em redes sociais para sensibilizar os doadores e usaram casos verídicos de crianças com a doença. Os investigadores suspeitam que o dinheiro estava sendo usado em viagens.

Uma das postagens do perfil, que já foi apagado, pedia dinheiro para o tratamento de Laura Oliveira Santos. O perfil "Todos pela Laura" atualizava o estado de saúde da menina.

O texto, que não foi escrito pela mãe da criança, dizia que ela tem um tumor nos olhos e que a família precisava de dinheiro para a realização de uma segunda cirurgia e exames.

O esquema foi denunciado pela própria irmã de um dos investigados. Segundo a taxista Stephani Santos Barbosa, ela começou a desconfiar depois de perceber que o irmão e a esposa passaram a ostentar luxos que pareciam incompatíveis com os ganhos do casal.

O delegado Alan Luxardo afirma que os suspeitos podem responder pelo crime de estelionato.

A criança que foi exposta na internet pelos acusados tem oito anos e vive no Aracaju, onde está faz tratamento no SUS contra um osteoblastoma, um tumor atrás dos olhos.

O pai da menina conta que já chegou a pedir apoio financeiro pelas redes sociais, mas que nada tem a ver com essa outra vaquinha. Renato Rohr relata que chegou a fazer contato com o golpista por telefone e que o acusado ainda debochou da situação.

A mulher supeita de ter criado o perfil falso foi ouvida na delegacia e liberada em seguida por não ter acontecido flagrante. A polícia agora investiga se outras pessoas estão envolvidas no esquema e se os criminosos lucraram com outros perfis.

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