A Polícia Civil tenta descobrir para onde um rastreador que foi colocado no carro do ex-policial civil Carlos Daniel Dias Andre, de 40 anos, estava emitindo sinal. Agentes explicaram que o aparelho contém um chip que encaminha sinal para outro dispositivo eletrônico. O crime aconteceu na manhã desta terça-feira (31), no bairro Cafubá, na Região Oceânica de Niterói. Atualmente, a vítima atuava como advogado criminalista.
O aparelho caiu do carro porque após ser baleada, a vítima bateu em um veículo, que estava parado num sinal de trânsito, na Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle.
Imagens de câmeras de segurança também estão sendo analisadas pela equipe da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaborai e São Gonçalo (DHNISG).
De acordo com a Polícia Militar, Daniel dirigia uma Hilux SW4 blindada e estava acompanhado do filho, de 17 anos, quando foi abordado por dois criminosos em uma moto. Testemunhas contaram que o advogado estava reduzindo a velocidade por estar se aproximando de um sinal de trânsito, quando os bandidos dispararam do lado do carona.
Daniel foi atingido por, pelo menos, três tiros no tórax, braço e rosto. Após ser baleado, Daniel chegou a bater na traseira de um Citröen C3, o que fez o rastreador cair. Dono do veículo atingido, o professor de artes marciais Sergio Carlos Bovoloto, contou que ainda tentou prestar socorro, mas foi avisado pelo filho da vítima que o advogado já estava sem vida.
Carlos Daniel foi preso em novembro 2011, quando ainda era policial civil, acusado de escoltar traficantes da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. Em 2012, ele foi condenado a 12 anos e quatro meses de prisão, e excluído da corporação no mesmo ano. De acordo com a Justiça Federal, em junho de 2017 foi concedido indulto a Carlos Daniel Dias André, num Agravo de Execução de Sentença que tramitou na 3ª Câmara Criminal.
Durante o tempo na prisão, ele se formou em direito. Em nota, a Associação Nacional de Advogados Criminalistas (ANACRIM), lamentou a morte de Carlos Daniel, classificada como brutal.
Recentemente, o advogado fazia a defesa de policiais presos.
Daniel Aleixo Guimarães, que é apontado como um dos homens escolhidos por Glaydson, o Faraó dos Bitcoins, para matar os desafetos do mercado financeiro; o policial civil Jorge Camillo Luiz Alves, ex-chefe de investigação da Delegacia da Barra, acusado de envolvimento com a milícia de Rio das Pedras. Ele também já representou Haylton Carlos Gomes Escafura, filho do bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, morto em 2017 em um hotel na Barra.