Polícia Militar lança serviço "pulseira digital" para localizar crianças nos megablocos

A medida vai funcionar por meio do software de reconhecimento facial acoplado a câmeras instaladas nas áreas de maior concentração

Por Gabriela Marino

Polícia Militar lança serviço "pulseira digital" para localizar crianças nos megablocos
Agentes da Polícia Militar no Carnaval
Divulgação/PMERJ

Além do reforço do policiamento para garantir a segurança dos foliões nos megablocos, a Polícia Militar vai lançar neste carnaval a "pulseira digital", um novo serviço para localizar pessoas perdidas, especialmente crianças. A medida vai funcionar por meio do software de reconhecimento facial acoplado a câmeras instaladas nas áreas de maior concentração dos desfiles. 
 
Segundo a PM, o sistema foi desenvolvido por especialistas da área de tecnologia da Corporação, inserindo uma nova funcionalidade no aplicativo 190RJ. 
 
Dessa forma, o cidadão vai poder fazer um cadastro prévio ou cadastrar pessoas desaparecidas. Os dados serão incluídos automaticamente  no banco de dados da Secretaria de  Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, como explica o major Thiago Ferreira. 

Qualquer usuário pode pré-cadastar seus familiares e pessoas próximas. E, em caso dessa pessoa se encontra numa condição desaparecida, ela rapidamente pode acionar. A gente sabe que o tempo é fundamental para localizar uma pessoa desaparecida. Então, nesses casos, até esse pré-cadastro dessas pessoas familiares, parentes e próximas, no aplicativo, você, com apenas um clique, o usuário consegue comunicar à Polícia Militar, e as informações já integram o nosso sistema de reconhecimento facial. Nós sabemos que a cidade, no Carnaval, fica cheia de estadas, praias, shoppings, eventos, blocos de rua. Então, a gente acredita muito que essa funcionalidade vai ajudar muito a Polícia Militar e as pessoas familiares a encontrar uma pessoa desaparecida.

Para utilizar a nova funcionalidade, basta baixar o 190RJ. Na primeira tela do aplicativo, o usuário vai encontrar o botão "pessoas desaparecidas". Nele, vai ser aberta uma página para inclusão das informações sobre o desaparecido. Segundo o major Ferreira, a informação do desaparecido fica no sistema por 72 horas. 

É importante ressaltar que o 9-0-RJ, uma vez que recebe essa informação do desaparecimento, ele permanece no nosso sistema de repressão facial por 72 horas. Após isso, é necessário que, dentro desse período, a família, caso a pessoa não seja localizada, compareça à delegacia de polícia. É até importante ressaltar. Como eu falei, o tempo é muito importante. Então, não espere pra acionar o 9-0-RJ tendo uma percepção de que essa pessoa está desaparecida, está numa situação de vulnerabilidade, informe a Polícia Militar e, tão logo que seja possível, não precisa esperar esse prazo de 24 horas. Isso é um mito. Vá à delegacia da Polícia Civil e registre. Uma vez registrado pelo registro de ocorrência da Polícia Civil, essa pessoa permanece no nosso sistema até que ela seja encontrada

Ainda de acordo com a Polícia Militar, a novidade não invalida a pulseirinha convencional colocada nas crianças com o nome e telefone de contato dos responsáveis. 
 
Durante o carnaval, mais de 150 câmeras com dispositivo de reconhecimento facial vão estar espalhadas pela cidade, tanto na orla como na área dos desfiles de blocos. A nova funcionalidade passará a fazer parte da rotina do trabalho da Polícia Militar para localizar pessoas perdidas nas praias, shows, estádios esportivos e demais eventos. 

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais