A Polícia Civil ainda não descarta nenhuma hipótese em relação à motivação do assassinato do pré-candidato a vereador de Queimados Clayton Damaceno Pereira. O político e empresário foi morto a tiros no sábado (28), um dia depois de ter comemorado o aniversário de 45 anos.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense investiga o caso e tenta identificar os responsáveis pelo crime, que ocorreu na Rua Olímpia Silva, no bairro Inconfidência. Testemunhas disseram que um carro preto passou atirando na direção de Clayton.
Uma apoiadora do político, que o ajudava na campanha, Paula Ribeiro Menezes Costa, de 65 anos, também foi atingida pelos disparos e não resistiu. Ela chegou a ser levada para uma UPA próxima e depois foi transferida para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, na mesma região, com ferimentos graves na cabeça. Paula morreu na madrugada de domingo (29).
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, nos últimos oito anos, 51 políticos foram mortos no Grande Rio. Sete em cada dez casos aconteceram na Baixada Fluminense. O coordenador regional do Fogo Cruzado, Carlos Nhanga, destaca que a violência passou a ser um fator determinante nas disputas políticas da região.
Clayton e Paula foram sepultados no Cemitério Municipal de Queimados. Paula foi enterrada nesta segunda-feira (30) e Clayton, no domingo (29).
Clayton era aliado do prefeito de Belford Roxo, Waguinho. Pelas redes sociais, ele fez uma homenagem ao colega e disse que perdeu não apenas um grande amigo, mas também um líder político exemplar.
Segundo o portal Metrópoles, na semana passada, Waguinho pediu proteção ao Governo Federal por temer ser morto por adversários políticos.
Clayton também era aliado do policial militar Fábio Sperendio, que pretende se candidatar à Prefeitura de Queimados.