Operação da Polícia mira empresas acusadas de fraudar máquinas de bichos de pelúcia

Os responsáveis programavam as máquinas para que o jogador não conseguisse o prêmio; mandados foram cumpridos no RJ e SC

Por Pedro Dobal

A Polícia Civil investiga a possibilidade de envolvimento de grupos ligados ao jogo do bicho e à milícia no esquema que fraudava máquinas de bichos de pelúcia. 

Durante a segunda fase da Operação Mãos Leves, realizada nesta quarta-feira (28), os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em 16 endereços no Rio de Janeiro e outros três em Santa Catarina. 

Segundo as investigações, os responsáveis programavam as máquinas para que o jogador não conseguisse o prêmio. Perícias revelaram que os equipamentos têm um sistema que conta o número de jogadas e, somente após uma determinada quantidade de tentativas, a máquina libera as pelúcias.

Enquanto o número de jogadas escolhido não é atingido, a corrente elétrica liberada é menor que a necessária para que a garra funcione de forma adequada.

O delegado Pedro Brasil explica que as duas empresas que foram os principais alvos são responsáveis por cerca de 90% de todos os brinquedos do tipo no Rio.

Os agentes interditaram cinco galpões, sendo quatro no Rio e um em Santa Catarina. As equipes apreenderam diversas pelúcias, celulares, notebooks, documentos, dinheiro em espécie e uma pistola. Funcionários das empresas também foram levados para prestar depoimento.

Além da fraude nas máquinas, os responsáveis pelas empresas também vão responder por crime contra a propriedade imaterial, já que muitas das pelúcias apreendidas imitavam personagens famosos, mas eram falsificadas.

Em maio, a primeira fase da Operação Mãos Leves apreendeu quase uma centena de máquinas e pelúcias falsificadas. Foi a partir do material apreendido três meses atrás que os investigadores conseguiram comprovar as irregularidades nos equipamentos.

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