Polícia vai investigar organizações criminosas envolvidas com streaming ilegal

Objetivo é saber se o lucro obtido com as assinaturas ilegais é direcionado para lavagem de dinheiro

Marcus Sadok

Serviços piratas cobram valores bem inferiores as plataformas legais Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Serviços piratas cobram valores bem inferiores as plataformas legais
Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio vai investigar se as organizações criminosas responsáveis por oferecer serviços de TV por assinatura e streaming irregulares usam o lucro obtido com a atividade ilegal para lavagem de dinheiro.

O prejuízo é de cerca de R$ 100 milhões para as operadoras. Por ano, os sites piratas investigados têm mais de 46 milhões de acessos.

Segundo o delegado Pedro Brasil, apesar do impacto financeiro, o esquema não é sofisticado.

Os usuários que contratam o serviço pirata pagam entre R$ 19 e R$ 50, valores bem abaixo dos cobrados pelas plataformas legais. O delegado André Neves alerta que quem contrata os piratas também comete crimes.

Policiais civis cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em vários endereços da capital, Baixada Fluminense e Região dos Lagos, nesta terça-feira (19).

Dois homens foram conduzidos para prestar esclarecimentos na Cidade da Polícia e negaram as acusações. Muitos equipamentos eletrônicos e documentos foram apreendidos.

A Ancine também participou da ação. Segundo a agência, o principal crime investigado é o de violação de direitos autorais, com prejuízos avaliados em cerca de R$ 15 bilhões.

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