A Polícia Civil vai ouvir as equipes médicas que prestaram atendimento aos irmãos que teriam sido envenenados pela madrasta, Cintia Mariano Dias Cabral. A corporação não descarta a possibilidade de exumar o corpo da enteada, Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, para investigar se a morte da jovem foi por envenenamento.
Fernanda morreu em março, depois de ficar treze dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva. Já o irmão Bruno Carvalho Cabral, de 16 anos, conseguiu escapar e contou que passou mal depois de almoçar na casa da madrasta e comer feijão amargo e com pedrinhas azuis.
O delegado Flavio Rodrigues afirma que a polícia analisa o conteúdo do celular da acusada para verificar se no histórico havia buscas relacionadas à envenenamento.
De acordo com o delegado Flávio Rodrigues, os sintomas apresentados pelas vítimas são muito parecidos.
Durante uma ação de busca e apreensão na casa de Cíntia, os agentes encontraram veneno para pulgas, logo abaixo de um fogão, utilizado para preparar os alimentos oferecidos ao enteado durante o almoço. O delegado responsável pelo caso também apura o possível envolvimento de Cíntia nas mortes do ex-marido e de uma vizinha.
As investigações apontam que a madrasta tem um perfil obsessivo, indiferente, com ciúmes do relacionamento do marido com os filhos biológicos.
Em depoimento, o filho biológico de Cintia disse às autoridades que a mãe confessou ter envenenado os enteados.