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PMs envolvidos na morte de adolescente na CDD voltam a ser presos

Justiça do Rio aceitou a denúncia do MPRJ contra os agentes, que agora são réus por homicídio

Por Pedro Dobal

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Crime completou nove meses na terça-feira (7)
Reprodução

Os quatro policiais militares acusados de envolvimento na morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, vão ficar presos na unidade prisional da PM, em Niterói, na Região Metropolitana. A Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público contra os agentes, que agora são réus por homicídio.

O jovem foi morto a tiros de fuzil em agosto do ano passado durante uma operação na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria, Silvio Gomes dos Santos e Roni Cordeiro de Lima foram presos na terça-feira (7), dia em que o crime completou nove meses.

Na denúncia, os promotores ressaltam que os policiais colocaram uma pistola e munição no local do crime, ao lado da vítima, para simular um confronto armado.  

A mãe de Thiago, Priscila Menezes, afirma que a prisão representa apenas mais um passo na luta por justiça.

O MP também destaca que as condutas dos PMs foram praticadas no contexto de uma operação policial ilegal.  

O promotor André Luis Cardoso conta que eles foram até a comunidade fazer uma ação conhecida como Troia, usando um carro particular e sem autorização do comando da corporação.  

O Ministério Público também apontou inconsistências na versão apresentada pelos policiais. Primeiro, os agentes disseram que estavam em uma ação oficial, em uma viatura da corporação. Depois, admitiram que o carro utilizado era de um dos policiais.  

As investigações ainda apontaram que houve omissão de socorro e abuso de autoridade, para dificultar a punição dos envolvidos.

Os agentes também respondem por fraude processual em outro processo, que corre na Justiça Militar. Eles devem ficar presos em uma unidade da PM.

A defesa dos quatro policiais afirma que a prisão deles é desnecessária, que os agentes nunca se envolveram em atividades criminosas e não há qualquer notícia de coação a testemunhas ao longo do processo.

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