Praia do Leblon é considerada a mais poluída da orla da Zona Sul do Rio

Relatório do Projeto Ilhas do Rio, referente ao mês de outubro, encontrou cerca de 62 kg de resíduos nas areias da praia

Por Pedro Rodrigues (sob supervisão)

Medição é feita por equipes divididas entre as praias do Leblon, Copacabana e Ipanema Divulgação/Projeto Ilhas do Rio
Medição é feita por equipes divididas entre as praias do Leblon, Copacabana e Ipanema
Divulgação/Projeto Ilhas do Rio

A Praia do Leblon é considerada a mais poluída da orla da Zona Sul do Rio. A informação é do Projeto Ilhas do Rio, que divulgou um relatório sobre o volume de resíduos encontrados nas areias das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon.

Chamada de "Lixômetro", a pesquisa tem como objetivo sensibilizar a população carioca sobre os problemas da poluição marinha no planeta. De acordo com o primeiro relatório, referente ao mês de outubro, cerca de 62 kg de resíduos foram encontrados na Praia do Leblon. Em Copacabana, foram aproximadamente 29 kg e, em Ipanema, quase 10 kg.

O ambientalista Ed Bastos, coordenador de campo do "Lixômetro", explica como é feita a coleta e os tipos de resíduos encontrados.

“Nós colocamos quatro equipes em Copacabana, Ipanema e Leblon, e semanalmente são feitos transectos com uma metragem definida, de forma que a gente possa reproduzir isso no futuro, e a coleta de resíduos é feita de forma manual. Além do que a gente já estava esperando encontrar - bitucas de cigarro, canudinhos e muito fragmento plástico - o que tem impressionado é a presença de coco. Isso vem dando números que são bastante significativos", diz ele.

Para o biólogo Mário Moscatelli, a questão ambiental no Rio é grave e as políticas públicas, apesar de positivas, precisam ser assertivas e educativas.

“Eu acho que todas essas iniciativas governamentais são muito bem-vindas, mas elas têm que ter objetivo. A situação é gravíssima. A gente tem que trabalhar, de um lado, a conscientização, educação de boa qualidade, e do outro, ação de fiscalização. Se não houver imposição da lei, essa bagunça vai continuar e quem paga é o ambiente e a qualidade de vida das pessoas”, afirma o biólogo.

Na última segunda-feira (21), a Prefeitura do Rio criou o Comitê Plástico Circular Rio, iniciativa em parceria com a União Europeia para integrar políticas socioeconômicas e ambientais para a gestão de resíduos plásticos no município.

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