O preço do gás de cozinha em 71 cidades brasileiras ultrapassou neste mês de novembro a maior média nacional semanal do século, de R$ 113,66. A informação é de um levantamento do Observatório Social do Petróleo. O valor foi registrado entre os dias 10 e 16 de abril de 2022.
De acordo com o estudo, em Tefé, no Amazonas, o botijão de 13kg chegou a superar em quase 34% o recorde histórico, sendo comercializado a R$ 152, o preço mais caro do país.
Na lista dos municípios, aparecem três cidades do estado do Rio de Janeiro e três de São Paulo. Macaé, no Norte do Rio, cobra R$ 123 pelo botijão e é o município com preço mais caro do estado fluminense.
Logo em seguida, estão Itaguaí (R$ 121) e Angra dos Reis (R$ 114,84). No estado paulista, o maior custo do gás de cozinha foi constatado em Marília (R$ 114,44), seguido por Itapeva (R$ 114,16) e Guarujá (R$ 114,09).
O economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), aponta que há dois fatores que explicam para o aumento do preço.
Além disso, a análise do Observatório mostra que seis das 10 cidades com preços mais elevados estão na região Norte do país, que é abastecida parcialmente pela Ream (Refinaria da Amazônia). A unidade de refino, que completa em dezembro um ano de privatização, tem sido a recordista nacional dos combustíveis mais caros.