O preço do aluguel desacelera no País após um período de altas consecutivas em decorrência do cenário pós-pandemia. Em São Paulo, a alta dos novos contratos de aluguel, em um ano, é a menor desde maio de 2022. Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba também registraram menor crescimento dos valores. 

Os dados fazem parte da segunda edição do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, com dados do mês de agosto.

No Rio, o movimento de desaceleração tem sido mais lento que nas outras capitais. No mês passado, mesmo com altas menores, o preço do aluguel bateu um novo recorde e acumulou o 24º mês consecutivo de aumento dos preços na capital fluminense. O preço médio do metro quadrado está em R$ 38,73, um aumento de meio por cento.

Em um ano, somente dois dos 35 bairros monitorados pelo índice tiveram queda no preço: Cachambi e Todos os Santos, ambos na Zona Norte. Na Zona Sul, que concentra bairros com a maior alta de preços, Ipanema assumiu o principal aumento: alta de 51,6% no preço médio do metro quadrado, no último ano.

De acordo com o gerente de dados do Grupo QuintoAndar, Thiago Reis, os sinais de desaceleração do mercado se acentuaram nos últimos meses e a tendência é que haja acomodação nos valores...

São Paulo, por outro lado, registrou a menor alta mensal desde agosto de 2021. Atualmente, o preço médio do metro quadrado fechou em R$ 58,73 reais. Com queda de 0,14%, o valor dos imóveis com um dormitório ajudou a frear os aumentos. Essa foi a primeira retração após dois anos consecutivos de alta dos preços na capital paulista. 

Em Belo Horizonte, o preço médio do aluguel ficou em R$ 41,73. Dezesseis dos 38 bairros pesquisados tiveram queda no valor. Já em Curitiba, o valor do aluguel fechou em R$ 32,64.