Prédios históricos do Centro do Rio estão mal conservados

Só na Região Central do Rio, mais de 500 imóveis estavam em um estado de conservação ruim ou em ruína

Por Amanda Martins

Prédios históricos do Centro do Rio estão mal conservados
Prédios históricos do Centro do Rio estão mal conservados
Tomaz Silva/Agência Brasil

Prédios imponentes, históricos e mal conservados. Cenário que você certamente vai se deparar ao dar uma volta no Centro do Rio. Muitos desses imóveis são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Nem assim, recebem a atenção que merecem.

É o caso da igreja Nossa Senhora do Monte do Carmo, no Centro do Rio, fundada em 1750. Esse ano, o Iphan enviou um documento a Defesa Civil e a Ordem Terceira do Carmo, proprietária do imóvel, alertando para o risco de incêndio. Segundo o superintendente do Iphan no Rio, Paulo Vidal, o problema está na parte elétrica.

Ainda segundo Paulo, os problemas encontrados nesses imóveis poderiam ser minimizados ou até resolvidos se cada um fizesse a sua parte.

Na semana passada, parte da fachada de um prédio dos Correios, que é tombado, desabou. 

Ninguém ficou ferido, mas o episódio acendeu o alerta para a precariedade de imóveis no Centro da Cidade. Em 2021, a Prefeitura do Rio começou um plano de recuperação do Centro para atrair empresas e moradores.

Mas para o presidente da Associação Baixo Lapa de Arte e Cultura, San Marco, é preciso ir além.

O último estudo sobre construções históricas foi feito pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano em 2018 e já apontava uma situação preocupante. Só na Região Central do Rio, mais de 500 imóveis estavam em um estado de conservação ruim ou em ruína. Segundo a pasta, o ideal é fazer o levantamento a cada cinco anos, mas ainda não há informação de que ele seja atualizado em 2023.

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