A Prefeitura do Rio afirma que já enviou ao Ministério Público Federal o estudo para recomposição das dunas e da vegetação de restinga da Praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O plano foi enviado após o Município ter retirado todos os materiais colocados na areia durante uma obra que foi suspensa pela Justiça no início do ano.
As intervenções incluíam a colocação de uma espécie de manta de concreto sob a areia em sete trechos da praia, para amenizar o efeito das ressacas no calçadão e nos quiosques.
Após questionamentos de diferentes pesquisadores, a Prefeitura firmou, em maio, um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Federal para reverter a obra e recuperar a orla.
Os especialistas defendem que a colocação das superfícies de concreto poderia acelerar ainda mais a redução da faixa de areia e agravar os prejuízos relacionados às ressacas. Para o geógrafo marinho da UFF Eduardo Bulhões, a obra também traria impactos negativos para os seres vivos que vivem na areia.
Além da retirada dos materiais e da realização de um estudo técnico, o acordo estabelecia a recolocação de toda a areia escavada, o replantio da vegetação de restinga e a reconstrução do calçadão em trechos degradados.
O prazo para conclusão dos trabalhos vai até o início de janeiro.
Segundo a Prefeitura, todos os investimentos na revitalização da orla somam R$ 10,6 milhões. A Secretaria Municipal de Infraestrutura afirma que está cumprindo o determinado no Termo de Ajustamento de Conduta e que aguarda resposta do MPF para realizar as próximas etapas previstas.