Duas pessoas morreram no estado do Rio após serem infectadas com o vírus da dengue. Os casos aconteceram em Itatiaia, no Sul fluminense, e em Mangaratiba, na Costa Verde. A informação foi publicada na terça-feira (30) pela Secretaria de Estado de Saúde.

Além disso, a pasta ainda investiga se 15 óbitos têm relação com a doença. Até agora, 673 pessoas precisaram ser internadas devido ao vírus. Ao todo, são mais de 17.400 casos notificados. O número é 10 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. No ano passado, 30 pessoas morreram vítimas de dengue.

Os municípios com maior número de casos em 2024 são Rio de Janeiro, Resende, Angra dos Reis, Rio das Ostras e Itatiaia.  

Diante da situação, a Prefeitura do Rio pode decretar epidemia de dengue na cidade se os casos da doença continuarem crescendo até março. A informação foi confirmada pelo Secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz. Somente em 2024, já são mais de 8 mil registros de dengue na Capital Fluminense. Pela primeira vez na história, três variantes do vírus circulam no Rio: os tipos 1, 2 e 4. O secretário explica que a maior quantidade de sorotipos aumenta as chances de infecção.

Além dos três sorotipos, o calor e as enchentes recentes em alguns pontos da cidade em decorrência da chuva influenciam o panorama atual de dengue no Rio.

A vacinação contra a dengue ainda depende do envio de doses do Ministério da Saúde para começar. A previsão de entrega é ainda em fevereiro. No entanto, o secretário afirma que a imunização não deve causar impactos significativos na população em geral a curto prazo, já que a vacina vai ser destinada, em um primeiro momento, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

A gestora em Recursos Humanos Denise Campos contraiu dengue e sofreu com os sintomas. Ela passou a alertar amigos e vizinhos sobre a importância de evitar manter locais com água parada.

De cada 3 casos de dengue na cidade, em 2 é possível encontrar o foco do mosquito na residência da pessoa infectada.