A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou nesta quinta-feira (12) as obras da Fábrica do Samba Sério Ouro Rosa Magalhães, popularmente conhecida como Cidade do Samba 2. O projeto, que vai ser erguido em um espaço do terreno onde ficava a Estação da Leopoldina, no Centro da cidade, vai contar com 14 barracões para abrigar as escolas de samba da Série Ouro do Carnaval do Rio.
A antiga Estação Leopoldina foi cedida pelo Governo Federal à Prefeitura do Rio para abrigar a Cidade do Samba 2, em termo assinado em maio deste ano.
Durante o lançamento da Pedra Fundamental das obras, o presidente da Liga RJ, Hugo Junior, diz que os novos barracões vão ajudar a engrandecer o espetáculo.
Hoje temos barracões com falta de infraestrutura e mesmo assim a gente vem evoluindo. Então, com essas instalações, com barracões novos, com fácil acesso à Marques de Sapucaí, com certeza a gente vai ter o engrandecimento do espetáculo
Cada barracão da nova estrutura será equipado com pé direito duplo, com aproximadamente 9 metros de altura, e um equipamento para auxiliar no içamento de peças pesadas durante a fabricação e montagem dos carros alegóricos.
Na parte externa, serão construídas calçadas, haverá o plantio de árvores, implantação de uma ciclovia e instalação de iluminação pública, como explica o presidente da RioUrbe, Armando Queiroga.
Essa região aqui da Leopoldina vai passar por uma transformação urbanística, que já começou com o restauro da Estação da Leopoldina. Então é um restauro importante, um prédio icônico, importante da cidade, que estava muito tempo fechado. Então já teve esse começo. Agora a segunda intervenção é aqui na fábrica de samba da Série Ouro e no entorno, que vai ter esse espaço com um palco voltado para a cidade e um parque linear, que na verdade é uma ciclovia só para pedaços, ligando a região da Quinta da Boa Vista até Francisco Bicalho
A Fábrica do Samba foi nomeada em homenagem à carnavalesca sete vezes campeã do Grupo Especial do Carnaval, Rosa Magalhães. Ela morreu em julho deste ano, aos 77 anos, vítima de um infarto.
Para o presidente da RioTur, Patrick Corrêa, as melhorias na região da Leopoldina vão impactar a economia carioca.
A consequência é girar a economia, reurbanizar o Centro e melhorar a autoestima. Você pega o Terminal Gentileza integrado com o VLT, com a urbanização, esse projeto de economia. Por quê? É você nesse complexo, com o estádio do Flamengo, com o habitacional, a gente dá vida a essa área aqui da cidade, recupera a cultura desde a Estação Leopoldina, que vai ser museu também. Então, é uma grande concentração, um esforço para poder reviver de fato essa região aqui que, outra hora, estava abandonada
Com orçamento de cerca de R$ 156 milhões, a previsão é a de que as obras sejam concluídas em 2026 e que as escolas utilizem as estruturas já para o Carnaval do ano seguinte.