A Prefeitura do Rio iniciou o processo de rescisão do contrato com a empresa responsável pelas obras de drenagem na Rua Jardim Botânico, em 2020. De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação, a gestão anterior não concluiu o serviço. Mais de R$ 3 milhões foram investidos para evitar novas enchentes no local.
Após a rescisão do contrato, o projeto será revisado pela Fundação Rio-Águas, a partir do que já foi executado, para elaborar novo orçamento e captar recursos para executar a complementação dos serviços.
Enquanto isso não acontece, o histórico ponto de alagamento na Rua Jardim Botânico ainda causa transtornos aos cariocas quando fortes chuvas atingem o município, como no final da semana passada.
A via registrou alagamento no trecho do Parque Lage, na Lagoa, e perto da Rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico.
O Prefeito do Rio Eduardo Paes comentou na internet que a altura da água na Rua Jardim Botânico chegou a mais de 1 metro, mas que não houve nenhum transtorno em consequência disso.
A BandNews FM conversou com o professor de recursos hídricos da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo. O especialista relata que as obras de drenagem que foram feitas na Rua Jardim Botânico deveriam ser suficientes para evitar a enchente, mas que com a continuidade do problema o serviço não deve ter sido executado da melhor forma.
Na Zona Sul do Rio, além da Rua Jardim Botânico, a Avenida Borges de Medeiros também registrou ponto de alagamento, próximo ao Parque dos Patins, que durou mais de 48 horas.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura disse que licita atualmente um pacote de obras de drenagem para a Avenida Borges de Medeiros. A Fundação Rio-Águas disse que os últimos alagamentos têm relação com o alto nível da água da Lagoa Rodrigo de Freitas por conta da maré alta, ressaca e chuvas intensas.
*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes