A Prefeitura do Rio tem dez dias para cumprir a recomendação do Ministério Público Federal de retirar todos os materiais artificiais colocados na areia da praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
As mantas de concreto, serviriam para amenizar o impacto das ressacas no calçadão e nos quiosques.
As obras já estavam suspensas, mas, agora, há a recomendação para que elas parem de vez.
No documento, assinado pelo procurador Sérgio Gardenghi Suiama, o MPF ainda pede a anulação do processo de licitação e contratação das obras e a elaboração de um novo projeto básico que apresente dados detalhados sobre o verdadeiro impacto da obra no Meio Ambiente. De acordo com o orgão, não foi requerida autorização da União para intervenção realizada em área pública federal de uso comum "do povo".
Em nota, a Prefeitura disse que vai responder o órgão dentro do prazo estipulado. A Orla Rio, concessionária que administra os quiosques, já havia se posicionado a favor da continuidade das obras, alegando que seis quiosques não voltaram a funcionar normalmente desde 2020 por causa dos estragos e que temem uma nova ressaca destruir os estabelecimentos.
O MPF ainda recomendou a realocação de todo volume de areia escavado. e que a Prefeitura monitore os trechos entre o posto 7 e 8, para avaliar possíveis impactos ambientais causados.
Geógrafo marinho da UFF, Eduardo Bulhões defende, como próximo passo, a criação de um plano participativo que envolva todas as esferas para chegar a uma conclusão de obra ou uma medida de prevenção.
