A Polícia Civil pede para que as pessoas que aparecem nos vídeos da influenciadora Kerollen Cunha, especialmente as duas crianças e os responsáveis por elas, compareçam à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância para prestar depoimento. Os vídeos compartilhados pela influenciadora mostram Kerollen dando uma banana e um macaco de pelúcia a duas crianças negras, após perguntar se queriam "presente ou dinheiro" e os menores escolhendo a opção "presente".
O Ministério Público do Rio pediu, à Polícia Civil, a instauração de um inquérito policial e a realização de diversas diligências, em um prazo de 30 dias. Até agora, o MP recebeu mais de 950 denúncias sobre esse caso.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Rita Salim, a polícia já está localizando as influenciadoras e todos os envolvidos na situação, para esclarecer o que ocorreu...
A denúncia partiu da advogada especialista em direito antidiscriminatório, Fayda Bello, que chamou o caso de "racismo recreativo". De acordo com ela, a influenciadora usou a discriminação, aos pequenos, para divertir pessoas na Internet. Fayda também alega que Kerollen desrespeitou artigos do Estatuto da Criança, que falam sobre manter a integridade e não expor crianças a situações de humilhação ou constrangimento.
Por uma nota à imprensa, nas redes sociais, Kerollen e a filha, Nancy Gonçalves, que compartilha a conta com ela, disseram que repudiam qualquer ato de racismo e que, nesse contexto, não tiveram a intenção de discriminar ninguém. Elas também afirmaram que o vídeo viralizado é apenas um trecho e foi tirado de contexto.