O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirma que não vê como exagero a resposta do mercado ao resultado e distribuição de dividendos divulgados pela estatal. A afirmação foi feita durante agenda, nesta sexta-feira (08).
Ao longo manhã, as ações da empresa na bolsa caíram em 10% por causa de dividendos abaixo do esperado, após a divulgação dos resultados da companhia em 2023. O mercado financeiro esperava um pagamento de dividendos extraordinários, o que não aconteceu.
Ao analisar os números da Petrobras no ano passado, Jean Paul Prates abordou a decisão de não distribuir dividendos extraordinários aos investidores. Ele falou sobre a chamada reserva de capital.
Ainda durante entrevista coletiva, o presidente apresentou explicações sobre votação da distribuição de dividendos da empresa. Ao abordar o assunto, Jean Paul Prates negou que tenha colocado o cargo à disposição, como chegou a especulado nos últimos dias após pleito no conselho de administração.
Durante a coletiva, os diretores também falaram da reserva para a manutenção das refinarias em 2024. A empresa reservou R$ 3,8 bilhões em despesas de capital. Segundo os dados, em 2023, os investimentos referentes a esse setor somaram R$ 3,1 bilhões.
Para Jean Paul, o primeiro ano da gestão foi desafiador, já que na comparação entre 2022 e 2023, o preço internacional do petróleo caiu 18% e o diferencial de preço do diesel em relação ao petróleo caiu 23%.
Na quinta-feira (07), a companhia divulgou que no ano passado foi registrado o segundo maior lucro da história da estatal: 124,6 bilhões. Cerca de 33% menor do que o desempenho financeiro de 2022.
A empresa também atingiu um novo recorde na produção total própria no pré-sal, com mais de 2 milhões de barris de óleo produzidos.
Já a dívida bruta da estatal terminou o ano no patamar de US$ 62,6 bilhões. De acordo com os dados, a dívida financeira da empresa foi reduzida em US$ 1,2 bilhão.