
Mesmo preso desde o fim de julho, o professor suspeito de arremessar a garrafa de vidro que atingiu e matou Gabriela Anelli, de 23 anos, no lado de fora do Allianz Parque, em São Paulo, em julho do ano passado, continua recebendo salário da Prefeitura do Rio sem trabalhar.
Jonathan Messias Santos da Silva, de 33 anos, atuava como diretor e professor de uma unidade de ensino e teve redução de 30% no pagamento. Ainda assim, desde que foi detido, os vencimentos somam cerca de R$ 23 mil, incluindo uma premiação de R$ 7 mil por bom desempenho relativa a 2022.
Servidor concursado, ele foi afastado da rede estadual de ensino e transferido para a Secretaria de Fazenda, como de praxe em casos do tipo. O desligamento definitivo só pode ocorrer em caso de condenação sem possibilidade de recurso.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que pediu à Fazenda suspensão do salário assim que o servidor foi preso. A defesa de Jonathan classifica o caso como uma fatalidade.
Relembre o caso
O estádio Allianz Parque foi palco de uma disputa entre torcedores de Palmeiras e Flamengo antes de um jogo válido entre as duas equipes pelo Campeonato Brasileiro, em julho de 2023. Durante a briga, a torcedora alviverde Gabriela Anelli, de 23 anos, foi atingida no pescoço por estilhaços de vidro e ficou internada, desde então, na Santa Casa de São Paulo.
De acordo com a família, Gabriela pretendia se tornar técnica em informática (TI) e, enquanto isso, trabalhava cuidando de crianças especiais em uma escola no Taboão da Serra, na região metropolitana de SP.