No dia da retomada da linha Congonhas-Galeão pela companhia aérea Gol, o primeiro voo da rota foi cancelado e parte dos passageiros foi transferida para o Aeroporto Santos Dumont. Outra parte permaneceu no Galeão para pegar um voo mais tarde.

A rota entre o Internacional Tom Jobim, na Zona Norte, e o terminal de São Paulo tinha sido suspensa em 2021, por causa da queda do número de passageiros pela pandemia da COVID-19.

Segundo a Gol, a partir do início deste mês (01), o Galeão conta com três voos diários para Congonhas.

Mas quem tentava embarcar pela companhia reclamou da falta de organização e de informação.

Há dois meses, o supervisor regional de vendas, Maico Soranzo, voltou a usar o terminal do Galeão para viajar. Segundo ele, houve aumento das possibilidades de voos e uma passagem mais barata. Ele, porém, se surpreendeu com o cancelamento desta sexta.

O supervisor precisou ser transferido para o aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. E ainda, ao chegar lá, teve o voo cancelado e remarcado.

Já o administrador Janilson Fernandes e a esposa, a contadora Tatiana Falcão, permaneceram no Galeão. Eles, porém, tiveram o voo remarcado de 9h50 para 15hrs.

O segundo (14h25) e o terceiro (20h40) voo previstos para esta sexta-feira (01) foram mantidos.

Em nota, a GOL disse que esse foi um problema pontual e que o primeiro voo precisou ser cancelado por causa de um problema técnico na aeronave. A companhia ainda disse que segue inalterada a programação de três voos diários entre Congonhas e Galeao, a partir desse mês.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim sofre com o esvaziamento e autoridades tentam encontrar uma maneira de retomar o protagonismo do terminal.

Em agosto, o ministro de portos e aeroportos, Márcio França, anunciou a restrição de voos no Santos Dumont a partir de 2024, com início gradual em outubro desse ano. O objetivo é garantir uma redistribuição de viagens.

De acordo com a medida anunciada, as operações devem ser planejadas com uma distância máxima de 400 quilômetros de seu destino, em aeroportos de voos domésticos.

Assim, o Santos Dumont só poderá poderá manter rota pra São Paulo e Belo Horizonte. Entretanto, não pode manter operação com aeroportos internacionais como Guarulhos e Confins.

No ano passado, o Galeão recebeu 6 milhões de passageiros, número distante da capacidade total de 37 milhões de pessoas.

Após decidir entregar o contrato, o grupo Changi decidiu voltar atrás e quer continuar a operar o Galeão.