Problema em Unidade de Tratamento despeja água poluída na Baía de Guanabara

Cerca de 300 litros por segundos são direcionados para a Baía e quem passa pelo bairro reclama do forte odor e da poluição

Priscila Xavier

Poluição na Baía de Guanabara é tema recorrente nas últimas décadas Tomaz Silva/Agência Brasil
Poluição na Baía de Guanabara é tema recorrente nas últimas décadas
Tomaz Silva/Agência Brasil

300 litros de água poluída estão sendo despejados por segundo na Baía de Guanabara, por causa de um problema na Unidade de Tratamento da Praia do Flamengo que já dura 3 semanas. São quase 26 milhões de litros por dia. Quem passa pelo bairro da Zona Sul reclama do forte odor e da poluição.

Moradora do bairro, a aposentada Ana Teresa Cavalcanti de Oliveira afirma que antes era possível sentir o ar puro ver animais na beira da Baía. Agora, apenas o cheiro de esgoto e o lixo.

De acordo com o consultor ambiental Luiz Renato Vergara, a UTR é um tratamento paliativo para minimizar a poluição no Rio Carioca, que começa no Cosme Velho e se encontra com a Baía de Guanabara. No entanto, segundo o especialista, quando não há o funcionamento adequado dessa unidade, a situação piora.

Após o encerramento do contrato com a concessionária que atuava na unidade de tratamento, a Prefeitura do Rio devolveu a UTR para o Governo do Estado, a quem de fato pertence a unidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a transferência foi feita por meio de publicação no Diário Oficial, sob a operação da Concessionária Águas do Rio.

No entanto, a Águas do Rio informou que as UTRs não integram o contrato de concessão e que já apresentou ao INEA uma análise técnica com soluções alternativas para os efluentes do Rio Carioca. Já o INEA disse que segue em tratativas com a Águas do Rio para providenciar soluções para a melhoria das águas da Praia do Flamengo que, desde janeiro, estão impróprias para banho.

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