Professores do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais da Uerj pedem respostas sobre os riscos biológicos e estruturais do local onde atuam.
Um relatório da Coordenadoria de Segurança no Trabalho da universidade mostrou que em um corredor do laboratório, que teve que ser desativado, há problemas como infiltrações, riscos elétricos, além de grande quantidade de materiais químicos deixados no local, que podem causar explosões e incêndios.
Além disso, os técnicos apontam a falta de luz natural e ventilação no local, facilitando a umidade e a proliferação de fungos e causando doenças respiratórias.
A vistoria, realizada em maio do ano passado, aponta ainda que o lugar só tem uma saída para escape em caso de incêndio.
O laboratório, que foi responsável pela criação de um aparelho que detecta o coronavírus no ar, funciona no subsolo do Pavilhão Haroldo Lisboa Cunha, prédio no Campus Maracanã.
Em outubro desse ano, um professor chegou a pedir reuniões com a reitoria sobre o assunto. De acordo com a denúncia, parte de um espaço que deveria ser reformado para a equipe do laboratório está sendo usado pela prefeitura da universidade como almoxarifado. As fotos, tiradas pela equipe, mostram várias caixas e equipamentos empilhados no local, além de um corredor alagado, com materiais acumulados e sacos plásticos.
Em nota, a Uerj disse que alguns locais no prédio já foram reparados e que, frente à limitação de recursos que a Uerj vive, a gestão vem buscando formas alternativas para viabilizar as demandas prioritárias para 2025, como a reforma no Pavilhão. A Universidade disse ainda que monitora as instalações elétricas do prédio e que trabalha em um plano para implementação de sirenes e treinamento para rotas de fuga.