Apesar da meta da Prefeitura do Rio de tornar a cidade a capital da inovação na América Latina, projetos para adoção de parquímetros na cobrança dos estacionamentos públicos estão parados. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, não há qualquer novidade sobre o assunto no momento.
Questionada pela reportagem da BandNews FM, a pasta não informou nem se há algum estudo em andamento ou perspectivas para instalação do sistema a médio e longo prazo.
No segundo mandato de Eduardo Paes como prefeito, a Secretaria Municipal da Casa Civil anunciou que instalaria um parquímetro para cada 30 vagas, o que nunca aconteceu. O projeto, lançado em 2014 e batizado como Vagas Inteligentes também permitiria o pagamento pela internet e em lojas credenciadas.
Em 2019, o ex-prefeito Marcelo Crivella, revogou o projeto de Paes e anunciou um novo: o Carioca Parking Rio, que funcionaria por meio de um aplicativo, mas a iniciativa também não foi para frente.
No ano passado, o prefeito disse que a Prefeitura tinha outros desafios no momento e que não pensava em retomar o projeto.)) Enquanto isso, motoristas criticam a redução do número de guardadores autorizados nas ruas e relatam o medo de que os veículos sejam rebocados pela falta do ticket. Eles ainda contam que ficam na mão de flanelinhas, que muitas vezes cobram caro pelas vagas.
A presença dos guardadores não autorizados é ainda mais comum em dias de muito movimento nas praias e durante eventos na cidade, quando eles costumam cobrar valores altíssimos para estacionar.
Em Niterói, na Região Metropolitana, também não há parquímetros, mas os motoristas podem fazer o pagamento por meio de um aplicativo. O diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, defende esse sistema. Para ele, seria uma forma de coibir a atuação dos guardadores ilegais e organizar o uso das vagas públicas.
Apesar do avanço tecnológico que o sistema representaria, alguns motoristas duvidam que a novidade teria sucesso no Rio de Janeiro.
Os estacionamentos públicos do Rio operam apenas por meio da compra de tickets com guardadores oficiais ou em lojas credenciadas. O talão custa R$ 2,00 e é válido por duas horas, quatro horas ou pelo dia inteiro.
Em nota, a Polícia Militar disse que a fiscalização dos flanelinhas é responsabilidade da Prefeitura do Rio, mas está à disposição para possíveis ações conjuntas. A Guarda Municipal afirma que combate esse tipo de prática durante o patrulhamento de rotina ou a partir do acionamento dos cidadãos.