É estável o quadro de saúde do motorista que sofreu queimaduras de terceiro grau durante os ataques aos ônibus no Largo do Arão, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O caso aconteceu na segunda-feira (23).
Segundo testemunhas, o condutor da viação Palmeiras, que teve a identidade preservada, decidiu retornar ao veículo já em chamas para tentar recuperar uma bolsa com documentos. Ele foi socorrido e segue em tratamento no Centro de Queimados do Hospital Municipal Pedro II, que fica na mesma região.
De acordo com o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, o paciente já está fora de perigo e deve receber alta nos próximos dias.
Apesar de ter sido considerado o maior ataque ao transporte público do Rio, motoristas e passageiros já se tornaram alvos fáceis dos criminosos.
Em setembro, moradores de Copacabana registraram a depredação de um ônibus da linha 474. Nas imagens que circulam na internet, é possível perceber que o grupo composto, inclusive, por crianças consegue arrancar as janelas do veículo e muitas pessoas seguem viagem no teto do carro.
Menos de uma semana depois, criminosos encapuzados e armados renderam o motorista e os passageiros da linha 771, na Avenida Brasil, na altura de Costa Barros, na Zona Norte do Rio. Os bandidos jogaram uma bomba de fabricação caseira no colo de um dos passageiros. Na ação, um idoso, de 61 anos, ficou gravemente ferido.
O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, pediu uma ação mais efetiva do estado para garantir a segurança nos transportes.
Nos ataques da última segunda-feira (23), pelo menos 35 ônibus foram queimados, um prejuízo que ultrapassa os R$ 30 milhões de reais.