Quatorze pacientes retirados de clínica irregular já estão com familiares

O dono da clinica de reabilitação, Edmilson Messias Ribeiro Junior, é investigado por maus-tratos e cárcere privado

Por Maria Eduarda Vieira (sob supervisão)

Quatorze das 106 pessoas que foram resgatadas de uma clínica irregular em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, já estão sob os cuidados dos familiares.

Na segunda-feira (10), o Ministério Público do Rio interditou o espaço. O dono da clinica de reabilitação, Edmilson Messias Ribeiro Junior, é investigado por maus-tratos e cárcere privado. Ele e um funcionário do espaço foram presos durante a ação do MP.

As investigações apontaram que dependentes químicos, idosos e deficientes físicos ficavam juntos sem nenhum tipo de separação, o que a defesa nega. Segundo o Ministério Público, o local mudava de nome e até de endereço para burlar regras.

O advogado de Edmilson, Leonardo Mazzutti, nega as acusações e ainda afirma que o estabelecimento não tinha nenhuma ordem de interdição.

Os pacientes retirados da clínica foram acolhidos no Espaço Municipal da Terceira Idade (Esmuti), onde receberam cuidados e também acompanhamento da equipe da Secretaria Municipal de Saúde.

Entre as pessoas que deixaram o espaço, está um adolescente de 17 anos que foi levado para casa em Minas Gerais.

A Prefeitura de Nova Iguaçu está levantando o perfil de cada paciente para direcioná-los aos locais que atendam as necessidades específicas de cada um.

Por conta desse acolhimento, o Esmuti, localizado no Bairro da Luz, vai estar fechado aos demais usuários até a tarde de quarta-feira (12).

Em maio do ano passado, segundo o MP, um incêndio em outra clínica de Edmilson resultou em duas mortes.

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