Quatorze das 106 pessoas que foram resgatadas de uma clínica irregular em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, já estão sob os cuidados dos familiares.
Na segunda-feira (10), o Ministério Público do Rio interditou o espaço. O dono da clinica de reabilitação, Edmilson Messias Ribeiro Junior, é investigado por maus-tratos e cárcere privado. Ele e um funcionário do espaço foram presos durante a ação do MP.
As investigações apontaram que dependentes químicos, idosos e deficientes físicos ficavam juntos sem nenhum tipo de separação, o que a defesa nega. Segundo o Ministério Público, o local mudava de nome e até de endereço para burlar regras.
O advogado de Edmilson, Leonardo Mazzutti, nega as acusações e ainda afirma que o estabelecimento não tinha nenhuma ordem de interdição.
Os pacientes retirados da clínica foram acolhidos no Espaço Municipal da Terceira Idade (Esmuti), onde receberam cuidados e também acompanhamento da equipe da Secretaria Municipal de Saúde.
Entre as pessoas que deixaram o espaço, está um adolescente de 17 anos que foi levado para casa em Minas Gerais.
A Prefeitura de Nova Iguaçu está levantando o perfil de cada paciente para direcioná-los aos locais que atendam as necessidades específicas de cada um.
Por conta desse acolhimento, o Esmuti, localizado no Bairro da Luz, vai estar fechado aos demais usuários até a tarde de quarta-feira (12).
Em maio do ano passado, segundo o MP, um incêndio em outra clínica de Edmilson resultou em duas mortes.