Quatro alvos de operação da PF contra fraudes com criptomoedas seguem foragidos

Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, é apontado como chefe da quadrilha e um dos alvos da operação

Marcus Sadok

Operação Flyer One investiga esquema que já atingiu fronteiras internacionais Reprodução/Polícia Federal
Operação Flyer One investiga esquema que já atingiu fronteiras internacionais
Reprodução/Polícia Federal

Seguem foragidos quatro dos cinco alvos da operação da Polícia Federal contra uma organização criminosa acusada de fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas em diversos países. Apenas um mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta quinta-feira (11) contra Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, que já estava preso. Ele é apontado como chefe da quadrilha.

O esquema começou no Brasil e já alcançou os Estados Unidos e Portugal. Entre os investigados na Operação Flyer One está também Ricardo Rodrigues Gomes. Conhecido como Piloto ele chegou a ser o responsável por transportar de avião as drogas do cartel de Pablo Escobar. De acordo com a PF, o criminoso fugiu com um passaporte falso do Brasil e estruturou o esquema em solo norte-americano.

Segundo as investigações, Piloto abriu uma firma com documentos falsificados para justificar a grande quantidade de "depósitos nas contas da empresa". Uma das formas era expedir notas fiscais internacionais sem lastro. Valores saíam para a conta de Glaidson em depósitos de criptoativos lastreados no dólar americano, também chamados de stablecoins.

Foram apreendidos 10 veículos de luxo avaliados em cerca de R$ 6 milhões. Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A BandNews FM não conseguiu contato com as defesas dos citados.

Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, e um narcotraficante que pilotou aeronaves para o cartel de Pablo Escobar estão entre os alvos da ação. Dez veículos de luxo avaliados em R$ 6 milhões foram apreendidos.

De acordo com a PF, a organização criminosa estendeu sua atuação para o exterior. Nos Estados Unidos a estrutura foi organizada por um criminoso que saiu do Brasil com passaporte falso. Ele já foi condenado por tráfico internacional de drogas e foi um dos pilotos responsáveis pelo transporte de drogas do cartel comandado pelo narcotraficante Pablo Escobar.

O grupo utilizava documentos falsos para justificar o depósito de valores milionários em empresas criadas no exterior.

O chefe da organização criminosa comprou um avião com 19 lugares com o dinheiro do crime.

Os investigados podem responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 22 anos de reclusão.

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