A rainha de bateria que foi impedida de embarcar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, diz que não conseguiu o dinheiro para comprar a fantasia do Carnaval deste ano por causa da ação. Segundo Cintia Barboza, que é da Acadêmicos de Realengo, do Rio de Janeiro, ela estava indo com um grupo para Benin, na África, onde ia dar uma palestra. A renda iria ser destinada justamente para os custos da roupa para o desfile. No entanto, foi abordada por policiais federais, suspeita de transportar drogas no corpo.
Cíntia conta que ainda não sabe como vai pagar a fantasia do Carnaval.
O caso aconteceu na quinta-feira passada (4).
A sambista, que também é professora de educação física, disse ainda que teve a bagagem revistada duas vezes e foi obrigada a tirar a lace que usava no cabelo em uma revista pessoal.
Ainda segundo Cintia, mesmo sem encontrarem nada, os agentes levaram a sambista para um hospital, onde ela foi submetida a uma tomografia para provar que não levava drogas no sistema digestivo.
De acordo com Cintia Barboza, ela ficou mais de 24 horas no aeroporto. A rainha de bateria revelou ainda que, depois de passar mais de seis horas sob investigação, perdeu o voo e não recebeu auxílio para ser alocada em outro avião.
Procurada, a Polícia Federal afirmou que militares que atuam na Garantia da Lei e da Ordem nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo apresentaram na Delegacia da PF seis passageiros suspeitos de transportarem entorpecentes dentro do próprio corpo. Entre eles, Cintia.
A PF disse ainda que, a fim de combater o tráfico internacional de drogas, todos foram levados para o Hospital Geral em Guarulhos para inspeção corporal através do aparelho body scan e que três desses passageiros possuíam cápsulas com os entorpecentes no sistema digestivo e foram presos em flagrante. Cintia foi liberada.
Ainda de acordo com a nota da PF, eventuais abusos ou falhas serão apurados.