Recenseadores paralisam as atividades por tempo indeterminado

No Rio de Janeiro, os profissionais se reuniram em frente ao sindicado no Centro da cidade onde se encontraram com representantes nacionais da categoria

Priscila Xavier

Recenseadores paralisam as atividades por tempo indeterminado Reprodução/Redes Sociais
Recenseadores paralisam as atividades por tempo indeterminado
Reprodução/Redes Sociais

Recenseadores paralisam as atividades por tempo indeterminado em vários estados para cobrar melhorias nas condições de trabalho. No Rio de Janeiro, os profissionais se reuniram em frente ao sindicado no Centro da cidade onde se encontraram com representantes nacionais da categoria. De acordo com a Assibge, encontros também aconteceram em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

Em uma articulação nacional, os trabalhadores defenderam que a categoria não ligue os aparelhos DMC, equipamentos usados para fazer a coleta de dados. Segundo os profissionais, a principal reivindicação é com relação aos auxílios transporte e alimentação. Além disso muitos recenseadores ainda não receberam as parcelas referentes ao treinamento realizado em julho, como conta um profissional que preferiu não se identificar.

Os recenseadores alegam também que não há clareza quanto aos valores das remunerações. De acordo com uma profissional que pediu para ter a identidade preservada, para receber o pagamento é preciso "concluir um setor", ou seja atingir um número específico de questionários respondidos por área, o que é prejudicado quando moradores se recusam a responder o questionário.

O IBGE reconhece os problemas com os pagamentos dos recenseadores contratados e promete uma solução, mas não se compromete com datas.

A questão financeira não é o único problema enfrentado pelos trabalhadores. Recentemente, uma recenseadora denunciou ter sido vítima de importunação sexual durante pesquisa, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Segundo ela, enquanto respondia o questionário, o entrevistado perguntou se ela gostaria de fazer sexo em troca de dinheiro, enquanto acariciava o órgão genital. A Polícia Civil investiga o caso. O IBGE não se manifestou.

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