Os desafios são do tamanho da necessidade de reconstruir a cidade. 2023 marca um ano da maior tragédia natural de Petrópolis.
São 270 áreas extremamente vulneráveis desde a tragédia de fevereiro e março deste ano.
No Alto da Serra, local que concentrou 70% do total das mais de 230 mortes, são os moradores que sinalizam quais as localidades ainda em risco iminente de novos deslizamentos.
Uma das necessidades já identificadas é aumentar o escoamento do rio Palatinos, além do Extravasor, que está sob uma galeria de águas pluviais. Só a obra desse túnel está estimada em R$ 70 milhões.
As intervenções no local só começaram depois que a Justiça do Rio deu um prazo para a Prefeitura de Petrópolis agir: início de agosto.
O Governo Federal promete destinar R$ 160 milhões no próximo ano na prevenção de desastres provocados pelas chuvas de verão em todo o Brasil, com prioridade para Salvador, Recife e Petrópolis.
Mas, a Prefeitura de Petrópolis já autorizou a volta dos moradores para locais que estavam interditados.
O Ministério Público do Rio pediu avaliação de peritos do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio.
Moradora da cidade, Cristiane Gross perdeu sete pessoas da família na tragédia do início do ano e desabafa: até quando quem vive em Petrópolis vai precisar passar por essas tragédias?
Até agora, Governo do Rio e Prefeitura de Petrópolis não definiram os terrenos para construir as casas para os cerca de 1000 desabrigados.