
Um relatório produzido pela Academia Brasileira de Ciências aponta a regulamentação das plataformas digitais como uma forma de combate à desinformação. O documento foi lançado durante evento nesta quinta-feira (20).
No texto, especialistas citam a importância da responsabilização pela circulação e divulgação dos conteúdos. O levantamento também traz uma análise sobre as causas da desinformação científica e enumera sugestões para que o poder público e a sociedade lidem com esse problema de maneira efetiva.
Durante a cerimônia de lançamento, uma das coordenadoras do grupo de trabalho, Thaiane Oliveira, ressaltou que é preciso preparar a população para enfrentar previamente as notícias falsas.
A pandemia de Covid-19, em 2020, e as enchentes no Rio Grande do Sul deste ano foram citadas como exemplos dos efeitos da desinformação científica. O vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências, Glaucius Oliva, destacou que áreas como saúde pública e mudanças climáticas são as mais afetadas por discursos conspiratórios.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, elogiou o lançamento do estudo e destacou como ele pode ajudar no resgate do conhecimento científico.
O documento, de 66 páginas, foi elaborado por um grupo de dezenove especialistas multidisciplinares, sendo membros da Academia Brasileira de Ciência e convidados.