O município do Rio registra um aumento de mais de 1.000% no número de casos de dengue somente nas primeiras nove semanas do ano, na comparação com o mesmo período em 2022. Ao todo, já são 1.858 casos identificados contra 160 registrados no ano passado, uma média de 28 casos por dia. Os dados são do Observatório Epidemiológico da cidade.
A Zona Oeste concentra o maior número de casos de dengue, são pelo menos 700. As regiões que registraram os maiores índices foram Santa Cruz, que teve 254 notificações, Guaratiba, com 189, e Campo Grande, com 92 casos.
Segundo o secretário Municipal de Saúde do Rio, Rodrigo Prado, mais de 80% dos focos estão dentro de casa.
Até o dia 25 de fevereiro deste ano, foram vistoriados mais de 1,6 milhão de imóveis para controle e prevenção de possíveis focos do Aedes aegypti, com eliminação ou tratamento de mais de 240 mil recipientes que poderiam servir de criadouro. Em 2022, foram realizadas 10,7 milhões de vistorias, com eliminação ou tratamento de mais de 1,7 milhão de recipientes.
No Estado do Rio, são mais de 4.500 casos de dengue, quase 70 notificações por dia. Além disso, 246 pessoas estão internadas pelo vírus. No mês passado, no município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, um paciente de 84 anos morreu, vítima da doença, após quatro dias de internação.
Apesar dos números, os índices de dengue têm diminuído no Estado. Entre a oitava e a nona semana epidemiológica, houve uma queda de quase 60% nas notificações, passando de 658 para 263.
Uma vacina tetravalente desenvolvida pelo Instituto Butantã contra a dengue está em fase final de estudo. O imunizante já mostrou proteção tanto para quem nunca teve a doença quanto para os que já tiveram. Caso seja aprovada, a vacina será distribuída pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).