RJ é o estado com mais furtos de energia em 2023, aponta pesquisa

A informação é de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica

Por Guilherme Faria (sob supervisão)

RJ é o estado com mais furtos de energia em 2023, aponta pesquisa
Estado perdeu 11,27 milhões de Mwh com furtos
Reprodução/TV Band

O Rio de Janeiro foi o estado com mais registros de furtos de energia no ano de 2023. A informação é de um levantamento feito pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, que apontou que o estado perdeu 11,27 milhões de Mwh com furtos no período.  

De acordo com o estudo, as perdas com furtos em todo o país apresentaram sua maior variação entre 2022 e 2023, com aumento de 20%. Nos últimos 15 anos, o prejuízo já soma 500 milhões de MWh.

 A associação alerta, ainda, para a possibilidade de elevação na conta de luz para os consumidores, já que o custo do furto de energia também é dividido por quem está adimplente.

O presidente da associação, Marcos Madureira, ressalta a importância de tratar o furto de energia como um crime:

Em 2023, atingimos um indicador que representa cerca de 17% do mercado de varejo, ou seja, dos consumidores de baixa tensão, residenciais, comerciais, industriais, rurais, etc. Esse é um valor muito significativo. É, sem dúvida nenhuma, um ato que coloca em risco não só quem está fazendo um desvio de energia elétrica, quanto também a própria população que está no entorno desse ato criminoso. É um crime e ele tem que ser tratado assim por toda a sociedade.

Como efeito de comparação, a associação mostra que, se fosse uma usina, o volume de energia furtada teria a segunda maior produção do país, superando a Usina de Belo Monte, no Pará, e ficando atrás apenas da Usina de Itaipu, no Paraná.  

No Rio, segundo a Light, a cada cem clientes regulares há outros 34 que furtam energia. A concessionária afirma também que os furtos causam um prejuízo anual de cerca de R$ 800 milhões.

Ainda segundo a Light, cerca de 50 GWh de energia foram recuperados no Rio nos primeiros quatro meses de 2024, o suficiente para abastecer o consumo de 21 mil residências durante um ano.

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