O ex-deputado federal Roberto Jefferson vai a júri popular após atacar agentes da Polícia Federal em outubro do ano passado no interior do Rio. Na decisão desta quarta-feira (13), a juíza Abby Ilharco Magalhaes também manteve a prisão preventiva do político, que vai ser julgado por tentativa de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Ele também é réu por posse de arma de fogo sem autorização, resistência com emprego de violência e ameaça e posse de granadas adulteradas.

Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado. Na ocasião, a Polícia Federal foi até a residência do político para cumprir um mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal por descumprimento de medidas cautelares. O ex-presidente do PTB atirou 50 vezes contra os agentes e lançou três granadas contra a equipe. ((Uma policial ficou ferida. A agente entrou na Justiça para pedir indenização de até R$ 1 milhão por danos morais, estéticos e psicológicos.

Durante uma audiência na Justiça Federal,  Jefferson disse que riu quando viu uma policial correndo para tentar fugir da granada lançada por ele. O político afirmou que só lançou o explosivo quando todos os policiais estavam abrigados e não sabe como a agente foi atingida.

O político está internado em estado grave no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, após o STF autorizar o tratamento dele na unidade de saúde particular. O sistema penitenciário do Rio afirmou não ter capacidade operacional para cuidar da saúde de Roberto Jefferson. No entanto, o plano de saúde do ex-deputado afirmou que não vai mais custear as despesas da internação. A Amil Assistência Médica alega que o político já tem condições de receber alta e deverá pagar pelo serviço por conta própria se continuar internado.

Procurada, a defesa de Roberto Jefferson ainda não se posicionou.