A estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas cresce novamente e alcança a marca de 302 milhões de toneladas. A análise faz parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quarta-feira (8) pelo IBGE. Em relação ao ano passado, o aumento é de 14,7%, o que representa um crescimento de 38,8 milhões de toneladas. Se a tendência for confirmada, será a produção recorde da série histórica do IBGE.
O estudo também apontou que a área a ser colhida no país é 3,5% maior do que no ano passado, um total de 75,8 milhões de hectares.
O arroz, o milho e a soja representam aproximadamente 93% da estimativa da produção agrícola para 2023, segundo o IBGE. A estimativa também é de produção recorde em relação ao milho e à soja.
Segundo os técnicos do IBGE, o milho é um dos cereais que apresenta aumento da produção em relação à 2022 de 11,2%.
O levantamento aponta ainda que os motivos seriam os preços alcançados pelo cereal, que possui menor custo de produção e maior facilidade de comercialização, em relação ao algodão.
A expectativa é que o Brasil ocupe um espaço maior no mercado internacional com a produção do milho, que já apresenta demanda crescente no mercado interno. Para os colaboradores do estudo, o cereal também está sendo utilizado para a produção de álcool combustível, principalmente no Centro-Oeste.
Pela primeira vez, o levantamento também estima a produção de café para 2023. Segundo o IBGE, cerca de 3,3 milhões de toneladas devem ser produzidas neste ano. O gerente do estudo, Carlos Barradas, afirma que o aumento deve ser de 5,7%, em relação ao total do ano passado.
Na comparação com o ano passado, a região Sul é a que apresenta a maior variação porcentual positiva em relação às outras regiões e deve continuar como a segunda mais produtiva do país, atrás do Centro-Oeste, responsável por cerca de 141 toneladas.