Unidades federais de saúde do Rio estão sendo prejudicadas pela redução de 20% do orçamento deste ano do Ministério da Saúde. A informação é do secretário municipal de saúde Daniel Soranz.
O corte representa uma queda de R$ 40 bilhões, na comparação com a verba de 2021. De acordo com o secretário, o Hospital Federal de Bonsucesso tem 60% do serviço prejudicado e a emergência continua fechada, por falta de dinheiro.
Segundo Soranz, que também é diretor de comunicação do Conselho Nacional de Secretarias, esse é o maior corte orçamentário da história do Ministério, desde a criação do SUS, em 1988.
Em um recorte do estado do Rio de Janeiro, a perda estimada pelo secretário é de R$ 400 milhões a menos, repassados pela pasta, até o fim deste ano.
Na prática, ele explica que a perda seria suficiente para custear o Hospital Miguel Couto por dois anos. Além disso, destacou que 941 leitos federais foram fechados, o que deve impactar as redes municipal e estadual.
Daniel Soranz ainda disse que o corte paralisa o projeto da construção de uma nova unidade do Instituto Nacional do Câncer no Rio, assim como a realização de outros projetos.
Semana que vem, secretários de todo o País confirmaram que vão à Brasília para tentar reverter a situação.
O secretário ainda relatou que, para o ano que vem, o orçamento ao Ministério perderia mais R$ 15 bilhões, caso a Lei de Diretrizes Orçamentárias for aprovada.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que nenhuma política pública vai ser interrompida. A pasta informou que está atenta às necessidades orçamentárias e buscará, em diálogo com o Congresso Nacional, as adequações necessárias na proposta orçamentária para 2023.