O secretário municipal de Saúde do Rio afirma que o aumento no número de casos de dengue nesta época do ano já era esperado e pode estar relacionado a um possível sub-registro da doença no ano passado. Nos primeiros meses de 2022, o aumento foi de 55%, em relação ao mesmo período de 2021, com 604 diagnósticos.
Mas, de acordo com Rodrigo Prado, os dados são semelhantes àqueles registrados na série histórica, antes da pandemia. Para ele, o aumento entre 2021 e 2022 pode estar relacionado à maior atenção da Secretaria à Covid-19 no ano passado, o que pode ter causado uma subnotificação dos casos de dengue. Ele pediu à população que evite a proliferação de focos do mosquito Aedes aegypti.
Mas de acordo com o infectologista da rede privada de saúde Dasa, Alberto Chebabo, os dados podem indicar um cenário ainda pior para o ano que vem.
Nas unidades de saúde da Dasa no Rio, o crescimento nos diagnósticos de dengue foi de 207% até março, em comparação com o mesmo período em 2021. Já os registros na Secretaria de Estado de Saúde mostram um aumento de 350% em menos de um mês. Até agora, foram mais de 1600 casos de dengue no ano em todo o estado.