Segunda audiência do caso João Pedro tem apenas duas pessoas ouvidas

Menino de 14 anos morreu dentro de casa, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, durante operação policial em 2020

Por Mariana Albuquerque

João Pedro, de 14 anos, foi morto em 2020 durante operação policial Reprodução
João Pedro, de 14 anos, foi morto em 2020 durante operação policial
Reprodução

Na segunda audiência de instrução e julgamento do caso do jovem de 14 anos João Pedro Mattos, que foi baleado por um tiro de fuzil e morto, durante ação policial, em 2020, apenas duas pessoas foram ouvidas.

Uma adolescente, Raphaela Pontes Mandrani, que estava na casa na hora da morte, e um pedreiro, Josenildo de Oliveira Alvez, que estava perto da residência do jovem.

João Pedro morreu dentro de casa, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. A operação era conjunta da Polícia Civil e Federal. Após a morte dele, o Supremo Tribunal Federal restringiu operações nas comunidades durante a pandemia.

Três policiais civis da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais são acusados da morte do jovem. Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister, da CORE.

O depoimento das outras cinco testemunhas de acusação - policiais federais Carlos Farias Junior, Carlos Augusto Schmidt, Fabio de Oliveira Sampaio, Roger Stayner Ribeiro Cavalcanti, Léo Dias de Vasconcellos e Jackson Mariotini Valim Maia - foi adiado, atendendo ao pedido da defesa dos réus, por meio do advogado Marcello Ramalho, porque eles seriam ouvidos por videoconferência, fora da Vara Criminal. A juíza Juliana Grillo aceitou e entendeu que a integridade dos depoimentos poderia ser prejudicada.  

15 testemunhas de acusação ainda precisam ser ouvidas. Depois disso, as testemunhas de defesa começam a falar e há o interrogatório dos réus. Para, então, ocorrer o julgamento.

PRIMEIRA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

Em setembro deste ano, 8 testemunhas de acusação foram ouvidas na primeira audiência de instrução do caso.  

O pai da vítima, Neilton da Costa Pinto, uma perita do Ministério Público, Mario do Carmo Gargaglione, cinco adolescentes que estavam com João Pedro, no momento da morte, e a dona da casa onde o caso ocorreu.

RELEMBRANDO O CASO:

João Pedro Mattos, de 14 anos, foi morto, por um tiro de fuzil, durante uma operação conjunta das polícias Civil e Federal, em 2020.  

Dentro da casa dele, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

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