Seis empresários foram levados para a delegacia pra prestar depoimento sobre as investigações que apuram a origem do tolueno que contaminou o sistema Imunana-Laranjal, impactando o abastecimento de água de dois milhões de pessoas na Região Metropolitana do Rio.
Nesta segunda-feira (08), agentes da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente realizaram buscas em 16 empresas que utilizam a substância no processo de produção.
Segundo o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, mesmo que a contaminação não tenha sido criminosa, o culpado pelo vazamento será punido e pode pagar uma multa de até 50 milhões.
Entre os alvos da ação de hoje (08), estão 14 empresas que ficam no no Complexo Petroquímico do Rio.
O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, ainda afirma que todas as possibilidades de investigação estão sendo analisadas.
O abastecimento de água teve que ser suspenso entre quarta e sexta. Apesar do estabelecimento gradativo em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá, na Região Metropolitana, e na lha de Paquetá, na Baía Guanabara, alguns moradores ainda reclamavam de falta de água na manhã desta nesta segunda-feira (08).
Segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos, a contaminação foi zerada e a produção de água já foi normalizada. O prazo para o serviço totalmente retomado é até esta terça-feira(9).
A operação da Polícia Civil e do INEA nesta segunda-feira foi realizada após a Justiça determinar a busca e apreensão de produtos químicos mantidos em depósitos de forma irregular.
Os agentes coletaram amostras de tolueno para confronto com o material identificado nas coletas feitas pela CEDAE no sistema Imunana Laranjal. Também foram apreendidos documentos referentes à compra da substância.
Técnicos do Inea e da Cedae, além de agentes e peritos da Polícia Civil, seguem mapeando os terrenos que margeiam o manancial, por terra, e em sobrevoos com helicóptero e drones de alta definição.