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Sobe para seis o número de pessoas mortas por conta da forte chuva no Rio

Um homem foi encontrado em um valão e uma mulher sofreu descarga elétrica

Por Mariana Albuquerque

Idoso morreu em deslizamento na Zona Sul
Idoso morreu em deslizamento na Zona Sul
Divulgação/Subprefeitura da Zona Sul

Em 24 horas, seis pessoas morreram no Rio de Janeiro por causa da forte chuva que atingiu o estado nesta terça-feira (7). 

As duas mortes recentes confirmadas são de um homem, sem identificação, encontrado pelo Corpo de Bombeiros em um valão na Rua Comendador Assad Abdala, em Neves, São Gonçalo, e Karla Gariele Santos, que sofreu uma descarga elétrica, no Ingá, em Niterói, os dois na Região Metropolitana do Rio. Ela chegou ser socorrida para o Hospital de Clínicas do Ingá, mas não resistiu.

Nesta quarta-feira (8), a Prefeitura de São Gonçalo, confirmou a morte de uma mulher, na comunidade da Coruja. 

Além dela, o idoso Jose Sirlei Carvalho Dinos, de 82 anos, foi vítima de um deslizamento de pedras, no Morro do Catete, na Zona Sul. 

Assim como a menina de 2 anos, na Chácara do Céu, no Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio. 

Em Saquarema, na Região dos Lagos, Aroldo Júnior, de 27 anos, foi atingido por um raio e morreu. 

Em menos de 24 horas, a Cidade do Rio registrou 70% de chuva que era esperada para o mês de fevereiro. Essa é a maior média registrada em 25 anos na rede do Sistema Alerta Rio. Nesta terça-feira, choveu 81,2 milímetros, em cinco horas.

Nesta quarta, a cidade ainda registrava os reflexos do temporal. Alguns motoristas, como o Antônio Carlos da Silva, que faz a linha 483 Penha/ Copacabana, só conseguiu retornar para casa nesta quarta-feira, depois de passar a noite ilhado com o coletivo, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio.

Na Zona Norte, no Meier, uma cratera abriu, na Rua Aristides Caire, por causa do temporal. Segundo os moradores da região, não é a primeira vez que isso acontece.

Os Bombeiros do Rio já atenderam cerca de 300 ocorrências relacionadas às chuvas, desde as cinco horas da tarde de terça-feira, em todo o território fluminense. Foram 105 ocorrências de alagamentos e inundações, 70 salvamentos de pessoas presas ou ilhadas, 82 cortes de árvores e 37 desabamentos ou deslizamentos.

No Centro da Cidade, a estrutura de um prédio desabou na rua dos Inválidos e uma cafetaria também foi atingida, mas ninguém ficou ferido.

Por causa do grande volume de chuva, cerca de 25 unidades de Atenção Primária sofreram infiltrações ou alagamentos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as equipes de manutenção estão trabalhando para reparar os danos. No Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, alguns setores tiveram infiltrações. A direção informou que, nas áreas mais atingidas, as equipes precisaram remover os pacientes para outras dependências das unidades.

Escolas da rede municipal e estadual também foram afetadas. 27 unidades estão prestando atendimento remoto aos alunos. De acordo com a secretaria municipal, as unidades estão passando por limpeza e retornam nesta quinta-feira. Já a rede estadual informou que 13 unidades escolares tiveram as aulas suspensas para a limpeza e higienização.

De acordo com o Alerta Rio, cinco estações meteorológicas ultrapassaram a média esperada. Os pluviômetros do Méier, Penha, São Cristóvão, Saúde e Laranjeiras registraram chuva acima da média esperada, segundo dados analisados entre 1997 e 2022.

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